terça-feira, 24 de setembro de 2013

CLIMATOLOGIA - PARTE II

CLIMAS DA TERRA

A Classificação do Clima

Os elementos que compõem o clima de determinada região, a precipitação e a temperatura do ar, são os mais usados para caracterizar o clima.
Alguns esquemas de classificação do clima tomam a vegetação como índice das condições climáticas predominantes em determinada região, Porém vale ressaltar que a vegetação também é influenciada por fatores não climáticos, como a topografia, o tipo de solo, os efeitos das atividades humanas, etc.

São dois os principais esquemas de classificação climática:
1) Genética: a classificação está baseada nos controles climáticos, como os padrões de circulação do ar, a radiação líquida e os fluxos de umidade.
2) Genérica ou Empírica: a classificação está baseada nos próprios elementos climáticos, ou em seus efeitos sobre outros fenômenos, de um modo geral os homens e a vegetação.

Vejamos alguns modelos de classificação Climática:

1) Classificação Climática de Flohn: é um modelo de classificação genética sugerido por Flohn em 1950. Ele reconheceu sete tipos climáticos, baseados nas zonas de ventos globais e nas características da precipitação. Nessa classificação a temperatura não aparece de forma explícita.




Geografia Climatologia Dicas para o ENEM e para o Vestibular Classificações do Clima Flohn Strahler Köppen Koppen Thornthwaite
Tipo ClimáticoCaracterística de Precipitação
I - Zona equatorial(ventos de oeste)Constantemente Úmida
II - Zona TropicalPrecipitação pluvial de verão
III - Zonas Subtropicais Secas(ventos alísios ou alta pressão subtropical) Condições secas predominam durante o ano inteiro
IV - Zona subtropical de chuva de inverno(tipo Mediterrâneo) Precipitação de inverno
V - Zona Extratropical(ventos de oeste) Precipitação geral o ano todo
VIa - Zona Subpolar Precipitação limitada durante o ano todo
VIb - Subtipo Continental Boreal Precipitação pluvial de verão limitada, precipitação de neve de inverno
VII - Zona Polar Alta Precipitação escassa; precipitação pluvial de verão, precipitação de neve no início do inverno


2) Classificação Climática de Strahler : Nesta classificação, o clima do planeta é dividido em 3 divisões principais: baixas latitudes, médias latitudes e altas latitudes. Destas 3 subdivisões surgem 14 regiões climáticas, incluindo o clima das terras altas aonde a altitude aparece como fator dominante.
Essa classificação é baseada no índice radiativo de aridez. Os critérios utilizados neste esquema são:
1) as características das massas e sua superfície dominada por massas de ar
2) as características da precipitação

I  - Climas das latitudes baixas - controlados pelas massas de ar equatoriais e tropicais.
II - Climas das latitudes médias - controlados pelas massas de ar tropicais e polares.
II - Climas de altas latitudes - controlados pelas massas de ar polares e ártica.
Geografia Climatologia Dicas para o ENEM e para o Vestibular Classificações do Clima Flohn Strahler Köppen Koppen Thornthwaite

3) Classificação Climática de Köppen : Esse é um modelo que adota a abordagem empírica , é um modelo simples e popular.
   Os cinco principais grupos climáticos são reconhecidos com base nas características das temperaturas, que são divididos com base na distribuição sazonal da precipitação e nas características de temperatura, fornecendo ao todo 24 tipos climáticos.
   Essas regiões climáticas possuem sua vegetação climaticamente definidas, portanto a distribuição dos tipos de clima e a distribuição dos biomas apresenta elevada correlação. Posteriormente esta classificação foi aperfeiçoada com novos colaboradores. Exemplo: classificação Köppen-Geiger.
   Cada grande tipo climático é determinado por um código, constituído por letras maiúsculas e minúsculas, cuja combinação resulta nos tipos e subtipos considerados.


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As cinco zonas climáticas de Köppen são:

PRIMEIRA LETRA sempre maiúscula, representa as características do clima de determinada região.
(Letra A) Clima Tropical Chuvoso Climas megatérmicos , aonde a temperatura média do mês mais frio é superior a 18ºC.
(Letra B) Clima Seco Climas secos, chuvas anuais abaixo de 500mm).
(Letra C)  Clima Temperado Chuvoso Climas mesotérmicos, temperatura média do mês mais frio, inferior a 18ºC e superior a -3ºC. Ao menos um mês com média superior a 10ºC.
(Letra D) Clima Boreal  Climas microtérmicos. Temperatura média do mês mais frio igual ou inferior a -3ºC. Possui ao menos um mês com média superior ou igual a 10ºC). 
(Letra E)  Clima Polar Climas polares. Temperatura média de todos os meses do ano inferior a 10ºC. 

SEGUNDA LETRA: será uma minúscula, que estabelece o tipo de clima dentro do grupo, e denota as particularidades do regime pluviométrico, isto é a quantidade e distribuição da precipitação. Só usaremos ela minúscula caso a primeira letra seja A, C ou D. Nos grupos cuja primeira letra seja B ou E, a segunda letra é também uma maiúscula, denotando a quantidade da precipitação total anual no caso de B ou a temperatura média anual do ar no caso E.

Então para siglas iniciadas com A, C ou D as segundas letras serão algumas das minúsculas abaixo:
f:  sempre úmido(mês menos chuvoso com precipitação superior a 60mm)
m: monçônico, predominantemente úmido
s: chuvas de inverno(mês menos chuvoso com precipitação inferior a 60mm)
w: chuvas de verão(mês menos chuvoso com precipitação inferior a 60mm)

Por outro lado, para siglas iniciadas pela letra B, a próxima letra(neste caso maiúscula) poderá ser

 S: clima semiárido(chuvas anuais 250~500mm)
 W: clima árido ou desértico(chuvas anuais menores que 250mm)

E agora, no caso da primeira letra ser E, a letra seguinte será um das maiúsculas abaixo:

T: clima de tundra(pelo menos algum mês com temperaturas médias entre 0ºC e 10ºC).
F: clima de calota de gelo(todos os meses com temperaturas médias inferiores a 0ºC).

TERCEIRA LETRA: será sempre minúscula, representa a temperatura característica de uma região. As duas minúsculas abaixo serão usadas para completar somente siglas iniciadas por C ou D:

a: verões quentes(mês mais quente com média igual ou superior a 22ºC).
b: verões brandos(mês mais quente com média inferior a 22ºC).
c: frio o ano todo(no máximo três meses com médias acima de 10ºC).

E por fim, as minúsculas abaixo só serão usadas no caso que sigla iniciar pela letra B:

h: deserto ou semideserto(temperatura anual média igual ou superior aos 18ºC).
k: deserto ou semideserto(temperatura anual média inferior aos 18ºC).

Vamos exemplificar:
Porto Alegre, RS - Brasil -> C (Clima Temperado Chuvoso), f sempre úmido(mês menos chuvoso com precipitação superior a 60mm), a verões quentes(mês mais quente com média igual ou superior a 22ºC).
SIGLA: Cfa conforme podemos conferir no mapa acima.

Manaus, AM - Brasil -> A (Clima Tropical Chuvoso) f (sempre úmido(mês menos chuvoso com precipitação superior a 60mm)
SIGLA: Af 

Phoenix, Arizona - USA -> B (Clima Seco)  W (clima árido ou desértico(chuvas anuais menores que 250mm))  h (deserto ou semideserto(temperatura anual média igual ou superior aos 18ºC).)

SIGLA: BWh

Vostok - Canadá E (Clima Polar)  F (clima de calota de gelo(todos os meses com temperaturas) médias inferiores a 0ºC).

SIGLA: EF

4) Classificação Climática de Thornthwaite : Modelo desenvolvido em 1948, foi baseado no conceito de evapotranspiração potencial, no balanço hídrico e em um índice de umidade, originário de dados climáticos.

Evapotranspiração: É a máxima perda de água para a atmosfera, em forma de vapor, que ocorre com uma vegetação em crescimento, sem restrição de água no solo.

Essa classificação é usada em diversos campos, como na ecologia, agricultura e no desenvolvimento dos recursos hídricos. Entretanto, os valores da evapotranspiração potencial, sobre as quais o índice de umidade está baseado, não estão, prontamente disponíveis em muitas áreas. Segundo o próprio Thornthwaite esse método de classificação é bastante difícil de manejar, além de ser deficiente quanto seu refinamento matemático e afirma que seria muito difícil usá-lo em um nomograma (instrumento gráfico de cálculo).

Essa classificação está baseada em dois índices climáticos principais: o índice de umidade e o índice de evapotranspiração potencial anual. O índice de umidade (lm) é fornecido através da seguinte fórmula:

lm = 100 S - 100 D / EP

S é o excedente anual de água
D é o déficit hídrico
EP é a evapotranspiração potencial

Com o uso destes dois índices e critérios adicionais, Thornthwaite hipotetizou 120 tipos climáticos, dos quais apenas 32 puderam ser expressados no mapa-múndi. Para simplificar o esquema, como na agricultura e hidrologia por exemplo, usa-se com frequência apenas o índice de umidade.


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Na classificação de Thornthwaite, a evapotranspiração potencial(EP), a precipitação(P), e o relacionamento entre essas variáveis fornecem  as bases dos quatro critérios climáticos usados na classificação. São eles:
1 - Adequação da umidade, representada por valores do índice de umidade.
2 - Eficiência térmica. representada pelos valores de evapotranspiração potencial.
3 - Distribuição sazonal da adequação da umidade.
4 - Concentração no verão da eficiência térmica.

 
COLA!
Classificação de FLOHN: 
- Reconhece 7 tipos climáticos, baseados em ventos globais e características de precipitação.

Classificação de STRAHLER:
- Classificação os climas do mundo em 3 divisões principais, as baixas, médias e as altas latitudes. Essa classificação é baseada no índice radioativo de aridez.

Classificação de KÖPPEN:
- É uma classificação simples e popular. Nela, a distribuição global dos tipos climáticos e a distribuição dos biomas apresenta elevada correlação.  

Classificação de THORNTHWAITE: É baseada no conceito de evapotranspiração potencial, no balanço hídrico e no índice de umidade originado de dados climáticos.


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   CLIMA TROPICAL E TEMPERADO



Clima Tropical

   A região Tropical se localiza entre o trópico de Câncer e o Trópico de Capricórnio. Grande parte do cinturão equatorial, dentro de zona de clima tropical, experimenta clima quente e úmido. Há sol abundante, chuvas fortes, e podem ocorrer trovoadas todos os dias. As áreas de clima tropical incluem a Bacia do Amazonas, no Brasil, a Bacia do Congo, na África Ocidental, além da Malásia, do sul do Vietnã e da Indonésia.

   Nessa faixa do globo, as temperaturas raramente excedem os 35ºC, pois grande proporção do calor do sol é evaporado e retorna como precipitação. É comum um máximo de temperatura do ar diurna de 32 ºC, com temperaturas noturnas chegando a cerca de 22ºC.
   As estações do ano são distinguidas pelas mudanças na precipitação e cobertura de nuvens, e não por períodos de tempo mais quente ou mais frio.  Na região do equador tende a haver duas estações úmidas e duas estações secas. Porém na medida que as estações se movem para longe do equador, as duas estações chuvosas  se fundem em uma, e o clima torna-se mais de monções, com uma estação chuvosa e outra seca.

Este tipo de clima, caracterizado pela ausência de estação fria é encontrado principalmente nas seguintes regiões:
- No continente Africano, exceto nas bordas setentrionais e meridionais.
- Na Ásia de monção, que cobre o sul e o sudeste asiático e o norte da Austrália.
- As porções central e setentrional da América do Sul.

Como as temperaturas apresentam muita uniformidade nos trópicos, as subdivisões climáticas são baseadas no volume e distribuição da precipitação. As variações regionais nos climas tropicais são devidas principalmente, a dois fatores principais, que influenciam na distribuição da precipitação:
- Localização relativa à fonte de suprimento de umidade nos oceanos ou à zona de convergência intertropical ZCI
- Topografia

Vejamos os Subtipos do Clima Tropical:

Clima tropical chuvoso: Predomina nas terras baixas do Equador e adjacências, é conhecido também como clima equatorial. Este clima é marcado pela combinação de temperaturas constantemente altas e precipitação pluvial abundante e bem distribuída o ano todo. A média mensal de temperatura fica entre 25 e 28°C.

Clima tropical de monções: Apesenta estação bem distinta. O regime de precipitação é semelhante ao do clima tropical seco-úmido. Este tipo é encontrado em regiões costeiras ocidentais da África Ocidental, nas costas ocidentais da Índia e a costa nordeste da América do Sul.

Clima tropical seco-úmido: Possui estações secas e úmidas alternantes. Os totais anuais de precipitação são menores do que os dos climas tropicais chuvoso e de monções, sendo que a estação seca é severa com efeito profundo sobre  a vegetação e culturas agrícolas. Ele é comumente encontrado entre as localizações médias das baixas pressões equatoriais e das altas pressões subtropicais nos dois hemisférios.

Climas tropical semiárido e árido: São encontrados em torno das latitudes 20-30° Norte e Sul do equador, nas zonas de alta pressões subtropicais. Neste subtipo climático, as taxas de evaporação são muito altas, enquanto a taxa de precipitação é muito baixa e insuficiente para sustentar o crescimento de vegetação densa. A precipitação pluvial anual é de pelo menos 250 mm. As temperaturas máximas são mais elevadas no clima árido, geralmente possui as temperaturas mais elevadas do mundo.

Clima Temperado


As regiões de clima temperado localizam-se entre os trópicos e os círculos polares.
São eles:
- Europa
- A maioria das regiões da América do Norte
- As regiões meridionais da América do Sul
- As bordas setentrionais e meridionais da África

As zonas temperadas cobrem cerca de 7% da superfície da Terra. As estações do ano dessas regiões são determinadas mais pela temperatura, do que pelo volume de precipitação.

O Clima Temperado apresenta os seguintes subtipos:

Clima mediterrâneo: Predomina nas áreas continentais que margeiam o Mar Mediterrâneo. Este clima é caracterizado por um verão quente e seco, e por um inverno ameno e chuvoso. A precipitação anual varia entre 350 mm nas bordas semiáridas e 900 mm na direção do clima marítimo da costa ocidental.

Clima subtropical úmido: Encontrado no sudeste dos Estados Unidos, nas costas orientais da Austrália e África do Sul, no sul e leste da China, no norte da Índia, e no nordeste da Argentina. Os totais anuais de precipitação variam entre 750 mm e 1500 mm.

Clima marítimo da costa ocidental: É encontrado nas costas ocidentais dos continentes. Predomina sobre as Ilhas Britânicas e noroeste europeu, na costa ocidental da América do Norte, no sul do Chile, no sudeste da Austrália e Nova Zelândia.

Climas continentais úmidos: São encontrados somente no Hemisfério Norte. Uma característica marcante deste clima é a amplitude anual de temperatura, pois nessas latitudes o Hemisfério Sul possui maior porção de superfícies oceânicas.

Climas semiáridos e árido de latitude média: As temperaturas médias desses subtipos climáticos são mais baixas do que dos climas áridos e semiáridos dos trópicos, ocasionados pela localização no interior dos continentes, portanto distantes da influência das massas de ar marítimas.

Climas de terras altas: São caracterizados pelas baixas temperaturas, devido à redução da temperatura quanto maior for a altitude. As áreas que apresentam climas de terras altas são as cadeias montanhosas e as terras altas das latitudes baixas e médias, como as montanhas Rochosas da América do Norte, os Andes da América do Sul, os Alpes na Europa, o Himalaia e o Tibete na Ásia, e as terras altas ocidentais na África.

Os climas Temperado e Tropical se diferem bastante. Talvez a maior diferença esteja no balanço de energia. Nos trópicos, a quantidade de radiação recebida é muito maior que a insolação recebida nas regiões temperadas, contudo, nas zonas temperadas as variações sazonais são maiores.

Nas regiões tropicais, as variações diurnas de temperatura são mais dominantes que as variações sazonais. O contrário ocorre com as zonas temperadas, onde as variações sazonais são maiores que as diurnas.

 
COLA!

Clima Tropical
- localizado região da Terra situada entre os trópicos: quase toda África, centro e norte da América do Sul, além da Ásia de monção, que cobre o sul e o sudeste asiático e o norte da Austrália 
- muito sol e chuva
- a mudança de estações é percebida no aumento ou diminuição das chuvas e na cobertura de nuvens(massas de ar)
- ausência de estação fria
- subdivide-se em outros subtipos: tropical chuvoso, tropical de monções, tropical úmido-seco, e por fim, tropical árido e semiárido

Clima Temperado:
- localizado na região da Terra que fica entre os trópicos e os círculos polares. Toda Europa, a maior parte da América do Norte, o sul da América do Sul, e as bordas setentrionais e meridionais da África.
- ao contrário do que ocorre no Clima Tropical, as mudanças de estações do ano são percebidas pelas mudanças de temperatura, e NÃO pelos índices de precipitação.
- subdivide-se em outros subtipos de clima, são eles: mediterrâneo, subtropical úmido, marítimo da costa ocidental, continental úmido, árido e semiárido de latitude média, e por último, clima de terras altas.

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PRECIPITAÇÃO E REGIME PLUVIOMÉTRICO


Formação das nuvens


Nuvem pode ser definida como um conjunto visível de gotículas de água, partículas de gelo, ou de ambas, em suspensão na atmosfera, incluindo poeira, fumaça resíduos industriais. A concentração de gotículas numa nuvem varia, normalmente de 100 a 1000 cm³.


As nuvens estão em constante modificação, mudando as formas, as dimensões e, por vezes, o aspecto, que está relacionado com a luminância(brilho) e cor. 
A luminância depende da quantidade de luz que é refletida, transmitida e difundida pelas partículas que as constituem. A fonte de luminosidade pode ser natural(sol e a lua), e artificiais, como as luzes da cidade.


Uma nuvem pode assumir diferentes cores. Essa cor depende da cor da luz que incide sobre ela. As nuvens adquirem cor branca ou cinza quando o ângulo zenital do Sol for pequeno. Elas também exibem uma coloração amarela, alaranjada e vermelha, quando o disco solar se aproxima do horizonte. Porém, pouco antes do nascimento e do pôr do sol, as nuvens próximas da superfície terrestre apresentam cor cinza, pois se encontram no cone da penumbra da Terra, por outro lado, as de maior altitude são avermelhadas, alaranjadas ou esbranquiçadas, dependendo da altitude que se encontrem.
      
                                                                                                                                                                     

Classificação das nuvens



Cirros(fig. 1) incidência acima dos 6000 metros: são nuvens isoladas em forma de delicados filamentos brancos, filamentos brancos espessos, ou de faixas estreitas brancas ou quase brancas. Este gênero de nuvens é constituído de cristais de gelo.
fig. 1 Cirros


Cirros-estratos(fig. 2) incidência acima dos 6000 metros de altura: têm o aspecto de um véu nebuloso, transparente e esbranquiçado com aparência lisa ou fibrosa. Esta nuvem é formada por cristais de gelo e pode provocar fenômenos de halo, quando não são muito espessas. A sua formação acontece em função do lento movimento ascendente de camadas de ar de grande extensão horizontal, para níveis bastante elevados. Os cirros-estratos podem surgir da junção de cirros ou cirros-cúmulos, assim como, da queda de cristais provenientes deses.  
Climatologia Cirros-estratos Fenômeno Halo Nuvens Classificação e formação das nuvens
fig. 2 Fenômeno HALO em Cirros-estratos





Cirro-Cúmulo(fig 3) incidência acima dos 6000 metros de altura: apresenta-se como uma camada delgada de nuvens brancas, sem sombra própria, composto de pequenos elementos, similares a grãos, rugas ou flocos, dispostos mais ou menos regularmente. Esta nuvem pode apresentar bordas fibrosas. De um modo geral é composta por cristais de gelo, podendo conter gotículas de água. Os elementos constituintes, quando em grande número, podem atribuir ao céu o aspecto granular, que lembram pipocas. Este gênero de nuvem pode surgir em ar limpo ou ocasionado da modificação de cirros, cirros-estratos ou altos-cúmulos.
fig. 3 Cirro-cúmulo


Alto-cúmulo(fig. 4) incidência entre 2000 e 6000 metros de altura: trata-se de uma camada branca, ou cinzenta, ou parcialmente branca e cinzenta, formada por elementos com aspecto de glóbulos, rolos, lâminas, etc., por vezes parcialmente fibrosas. Os elementos  se apresentam, regularmente dispostos, e encontram-se afastados o suficiente para que se veja o azul do céu. São os já conhecidos "carneirinhos".Estas nuvens são constituídas de gotas d'água e, raramente possuem cristais de gelo. Elas podem se formar das mais variadas maneiras, nas bordas de uma grande camada de ar em elevação; devido à turbulência em níveis elevados da atmosfera; da fragmentação de uma camada de estratos-cúmulos; da transformação de altos-estratos, de nimbos-estratos, etc.; e ainda podem resultar da extensão de cúmulos ou de cúmulos-nimbos.
fig. 4 Alto-cúmulo
Alto-estrato(fig. 5) incidência entre 2000 e 6000 metros de altura: é uma nuvem em lençol ou camada, de cor acinzentada ou azulada e aspecto estriado, fibroso ou uniforme, que cobre o céu totalmente ou parcialmente, porém permitindo que se possa visualizar o Sol. Os altos-estratos são constituídos por pequenas gotas de água e também cristais de gelo, podendo conter gotas de chuva ou flocos de neve. Na maior parte dos casos, elas aparecem devido à elevação de uma camada de ar bastante extensa, mas podem surgir em decorrência do espessamento de um cirro-estrato ou do adelgamento de um nimbo-estrato. Na faixa tropical, elas podem ser formadas pelo espraiamento da porção média ou superior de um cúmulo-nimbo.
fig. 5 Alto-estrato

 Nimbo-estrato(fig. 6) incidência abaixo dos 2000 metros de altura: constitui-se de uma camada  baixa extensa e cinza de nuvens, com um aspecto geralmente sombrio, que encobre o sol, com uma porção inferior difusa devido à chuva que cai continuamente. Este gênero de nuvem se forma de gotículas de água e gotas de chuva ou, ainda por gotas sobrefundidas de cristais de gelo ou flocos de neve, nas regiões frias. De um modo geral, elas se formam a partir da elevação de uma camada de ar extensa, ou do espraiamento de um cúmulo-nimbo.



fig. 6 Nimbo-estrato

Estrato-cúmulo(fig. 7) incidência abaixo dos 2000 metros de altura: é uma camada de cor acinzentada, esbranquiçada ou ambas, com partes escuras não fibrosas, onduladas, enrugadas, ou em forma de rolos paralelos, massas globulares ou mosaico, decorrente da sombra dos elementos que a formam. Os estratos-cúmulos são geralmente, formados por pequenas gotas de água, acompanhadas ou não por gotas de chuva, produzindo chuva fraca. Elas se formam a partir do crescimento de elementos de alto-cúmulo, por espalhamento da porção intermediária de cúmulo, por transformação de nimbo-estrato ou de um estrato. Esta nuvem pode surgir em ar limpo, sob um nimbo-estrato ou um alto-estrato.
fig. 7 Estrato-cúmulo


Estrato(fig. 8) incidência abaixo dos 2000 metros de altura: de modo geral, esta nuvem se apresenta na cor cinza, com base uniforme, espessa o suficiente para ocultar completamente o sol. Seu aspecto as vezes é sombrio ou mesmo ameaçador. Esta nuvem pode se apresentar como um banco de elementos esfarrapados que mudam de forma constante, e também pode aparecer como um lençol tão delicado, a ponto de se ver nitidamente o contorno do sol e da lua. Normalmente são formadas por gotículas de água, podendo contar partículas de gelo sob baixas temperaturas. Quando os estratos produzem precipitação, são do tipo chuvisco. Geralmente, o estrato se forma pelo resfriamento da camada atmosférica muito baixa, ou elevação de nevoeiros.
fig. 8 Estrato



Cúmulos(fig. 9) desenvolvimento vertical: são nuvens isoladas, quase sempre densas e com seus contornos bem definidos lembrando montes, torres ou cúpulas. As partes iluminadas pelo sol são brilhantes, contudo a base é cinzenta ou escura, devido à sombra projetada pelas regiões superiores. Os cúmulos são formados por pequenas gotas de águas, contudo as de grande espessura podem conter partículas de gelo na porção superior, quando se situam acima da superfície isotérmica de 0°C. Quando os cúmulos se formam, frequentemente, devido às correntes convectivas geradas pelo contato do ar com a superfície aquecida, ou quando uma massa de ar frio passa sobre uma superfície quente.
fig. 9 Cúmulo



Cúmulo-nimbo(fig. 10) desenvolvimento vertical: nuvem volumosa, muito densa, bem desenvolvida verticalmente com forma de montanha. A bases dessas nuvens fica bem próxima da superfície terrestre, mas o topo pode alcançar níveis muito elevados. Os cúmulos-nimbos costumam produzir, algumas vezes, granizo. Nas porções inferiores são formadas por gotículas de água, mas nas porções superiores, existem cristais de gelo, neve e pelotas de gelo.
fig. 10 Cúmulo-nimbo


                                                                                 
                                       COLA!

Cirro: Nuvens altas, acima de 6000 metros.Nuvens finas, delicadas, fibrosas, formadas de cristais de gelo.
Cirro-estratoNuvens altas, acima de 6000 metros. Camada fina de nuvens brancas de cristais de gelo que podem dar ao céu um aspecto leitoso. As vezes produz halos em torno do sol ou da Lua
Cirro-cúmuloNuvem alta, acima de 6000 metros. Nuvens finas, brancas, de cristais de gelo, na forma de ondas ou massas globulares em linhas. É a menos comum das nuvens altas.
Alto-cúmuloNuvens médias, entre 2000 à 6000 metros. Nuvens brancas a cinzas constituídas de glóbulos separados ou ondas. Sua disposição permite que se veja o azul do céu por entre seus aglomerados.
Alto-estrato: Nuvens média, entre 2000 à 6000 metros. Camada uniforme branca ou cinza, que pode produzir precipitação muito leve. Ela ofusca o sol, mas permite sua visualização.
Nimbo-estrato: Nuvens baixas, abaixo de 2000 metros. Camada sombria de nuvens cinza escuro. Uma das mais associadas à precipitação. Bloqueia o sol, o que torna sua parte inferior difusa.
Estrato-cúmuloNuvens baixas, abaixo de 2000 metros. Nuvens cinzas em rolos ou formas globulares, que formam uma camada.
EstratoNuvens baixas, abaixo de 2000 metros. Camada baixa, uniforme, cinza, parecida com nevoeiro, mas não baseada sobre o solo. Bloqueia completamente o sol e a lua. Porém sua movimentação poderá revelar os contornos destes astros. Pode produzir chuvisco.
Cúmulos: Nuvens com desenvolvimento vertical. Nuvens densas, com contornos salientes, ondulados e bases freqüentemente planas, com extensão vertical pequena ou moderada. Podem ocorrer isoladamente ou dispostas próximas umas das outras.
Cúmulo-nimboNuvens com desenvolvimento vertical. Nuvens altas, algumas vezes espalhadas no topo de modo a formar uma "bigorna". Associadas com chuvas fortes, raios, granizo e tornados.

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